Quando achamos, é que perdemos.

Como explicar essas coisas que acontecem sempre,
isso que vem em confronto com tudo aquilo que pensamos
[achamos é melhor],
sabe quando tu está bem, rindo à toa, não só por assim dizer,
quando tu está sentindo aquela coisa boa que tu não sabe explicar de onde vem e..
a certo ponto percebe que não era bem aquilo,
saca toda aquela fantasia, aquelas viagens que passavam borbulhantes em tua cabeça?

Puta que o pariu!
Era tudo maquiagem!

Maquiagem que foi passada em teu rosto contra tua vontade ou não,
porque muitas vezes nos propomos pelos motivos mais fúteis possíveis a se submeter a estereótipos que destroem nossas identidades e nos levam a este estado perverso de não saber ao certo quais seus valores particulares, pelo menos aquilo que intimamente traduz tua existencia, e isso é horrível, torturante! E não se trata de um drama, porque essa situação aparentemente exacerbada não é particular a um, mas a todos, é uma loucura coletiva, infelizmente diga-se de passagem.

Quando achamos (que tudo está uma maravilha, que seremos felizes, se estáticos e conformados permanecermos), é que perdemos. Perdemos a graça, perdemos! Ai, perdemos!

Resta-nos apenas a melancolia degradante que escorrega no corpo de tanto lixo cultural que sujam toda uma vida, toda uma cidade enfim...
Resta-nos
[os remanescentes]
Resistir, insistir e produzir!
Arte pela sobrevivencia, vamos lá, valorize tua existencia!

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